quarta-feira, janeiro 20

Raymond Chandler



-->
Com os bons mestres se aprende. Tenho tido muitos e Raymond Chandler (1888-1959) conta entre os melhores. Diálogo, carpintaria do enredo, fluência da narrativa, tudo nele é de fazer inveja. Aflige-se a gente ao lê-lo e ao medir pela sua a prosa que tanto esforço custa, mas por mais que se ajeite nunca sai a preceito.
Há na língua holandesa um provérbio que, livremente traduzido, diz que quem nasceu para tostão nunca chegará a conto de réis. De facto assim é. A sageza não está em, com fracas forças e pouca bagagem, querer subir aos píncaros, mas fazer o que se pode e, sem desânimo, receber as lições de quem é capaz de perfeição.
------------
PS. The Chandler Collection (1984); três volumes, c. de 2300 páginas.