segunda-feira, novembro 16

A banalidade



 "Quem são as 129 vítimas de Paris?

Os nomes das vítimas do massacre de Paris, mortos brutalmente na sexta-feira, começam a ser revelados. Cristãos, muçulmanos, laicos, homens e mulheres, num total de 129 pessoas."

As tragédias, a morte e o sofrimento merecem melhor do que a patetice histérica e exibicionista das expressões de dor pública, a banalidade dos "Je suis Paris",  o voyeurismo dos telemóveis a fotografar, os testemunhos daquelas caras de débeis mentais a contar que viram gente a gritar e a correr.
As tragédias, a morte e o sofrimento merecem melhor do que a surpresa daqueles que, ao ouvir rajadas de metralha, julgavam que seria parte do show.
E nós, que ainda cá andamos, merecemos meios de informação que não nos tomem por imbecis e julguem que nos interessa a identidade das 129 vítimas, que entre elas se achava uma luso-descendente de 34 anos, que é portuguesa a mãe de um dos assassinos.
Triste o mundo que tudo banaliza.