quarta-feira, dezembro 2

Willem Holleeder, "O Nariz"

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Desde que em 1983 raptou Freddy Heineken, o magnata da cerveja,  Willem Holleeder (1958),  "O Nariz", é de longe o fora da lei mais famoso da Holanda. Dos 35 milhões de florins (€ 16 milhões) do resgate pouco foi recuperado, e os onze anos de cadeia pouca mossa lhe fizeram, pois uma vez livre iniciou uma sangrenta indústria de chantagem e assassinatos, escolhendo para vítimas figuras proeminentes do tráfico da droga e aqueles advogados, banqueiros, empreiteiros e industriais que lhes servem de ponte para o mundo legal.
Não mata, manda matar, e não serão todas da sua responsabilidade, mas o ano passado, só em Amsterdam foram dezasseis as liquidações, e vinte outras espelhadas pela Turquia, Bélgica, Espanha, República Dominicana e Panamá.
Desde há dias que as suas próprias irmãs, suspeitando de que não tardarão a ter a mesma sorte, revelam às autoridades o que dele sabem. Espectacular foi ontem a confissão da mais velha, que do irmão ouviu  que, por más contas, ele próprio mandara matar o marido, seu comparsa no rapto de Heineken, e que vendesse a casa que tinha em Espanha, pois queria o dinheiro para pagar os assassinos. Se o não fizesse, deveria dizer-lhe o nome de qual dos dois filhos queria que ele mandasse matar primeiro.
As confissões continuam. Há muito que os media não tinham semelhante filão.